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IX FITA | Turismo mantém crescimento em meio à crise econômica

Postado em 19 de outubro de 2019 por Julie Rocha em Gerais

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Por Márcio Sousa
Da Redação da Abrajet-Pará

A potencialidade econômica do turismo e as novas tendências mundiais foram assuntos da palestra magma da ex-presidente da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), Jeanine Pires, durante o lançamento da nona edição da Feira da Feira Internacional de Turismo da Amazônia – FITA, ocorrido na noite de quinta-feira (18), no Hangar Centro de Convenções, em Belém. O evento contou com a participação de empresários do trade local, nacional e internacional, além dos secretários de turismo, André Dias e de Cultura, Úrsula Vidal.

Segundo a palestrante, em meio à grave crise econômica que o país atravessa, um dos pouquíssimos setores que apresentou crescimento foi justamente o do turismo. “Tivemos um crescimento de 3,1% no Brasil. O dobro do crescimento do país, isso em plena crise”, destacou.

Na avaliação de Jeanine, nessa condição, o turismo se mostra resistente à crise. Em um setor que emprega diretamente 2,3 milhões de brasileiros, é imperativo que o governo olhe para este setor da economia. “Em 2018, os estrangeiros deixaram aqui 22,5 bilhões em dinheiro.

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Tendências – Mas para atingir o maior crescimento torna-se necessário o que o setor se atualize, buscando a modernização, os avanços e as tendências de tecnologia para atrair o turista mais jovem. “Hoje podemos acompanhar, conhecer um destino turístico, fazer um passeio pelo destino sem sair de casa, a realidade virtual está aí para isso”, exemplificou.
O Bleisure, junção dos termos em inglês Business + Leisure, foi outro destaque dos caminhos que o turismo mundial tem seguido e que foram abordados na palestra. Trata-se do prolongamento de viagens de negócios para aproveitar os atrativos turísticos da cidade visitada. “Não é preciso fazer a venda do lugar, mas divulgar os atrativos próximos da cidade, de modo que o visitante permaneça mais 2 ou 3 dias viajando. Isso contribui ainda mais para a economia local”.

A Viagem Eco é outra tendência forte no segmento turístico mundial, que tem um turista mais exigente e consciente de suas escolhas e integração aos destinos escolhidos. Jeanine explicou também que esse tipo de turista desiste de visitar um lugar que vai contra sua ética, pois “ele tem uma visão de empoderar quem mora no local”.

“Esse turista traz consigo um respeito às comunidades locais. Se comporta como um morador local, integrando-se à vida local. Essa é uma tendência cada vez mais forte, mas é preciso educar os moradores sobre limites, capacidade de carga de transporte e conscientizar sobre o respeito ao patrimônio local”, afirmou.

Tecnologia – Embora o uso de robôs no atendimento a turistas no Japão já não seja nenhuma novidade, ela destacou a Internet das Coisas, cada vez mais comum na hotelaria e disse que a robótica é utilizada mais para processos internos das empresas que para uso dos clientes.
“Poderíamos utilizar nos processos de comercialização, na compra de passagens, pacotes, facilitando e agilizando esses processos, tornando-os mais atrativos e interativos”, defendeu.

As experiências de uma viagem são outro fator a ser levado em conta para quem atua no setor. Uma viagem pode mudar o comportamento de vida de uma pessoa, afirma Pires. Ela lembra que é essa experiência que o turista vai levar de recordação, o sucesso do lugar é a melhor forma de divulgar esses destinos.

Para a especialista, é preciso que o país melhore nos seus serviços para atender o turista em geral. “Temos que ter o cliente como foco do empresário e não o negócio em si, e essa mudança não é fácil. Temos de ver o turismo como aliado no desenvolvimento do lugar, do estado e do país, fortalecendo nossa identidade como povo” encerrou.

Fotos: Fernando Nobre

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