Fecomércio implanta conselho empresarial do turismo
A Federação do Comércio de Bens e Serviços e Turismo do Pará (Fecomércio-PA) oficializou a instalação do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) do estado do Pará e a posse de 22 representantes de entidades ligadas ao turismo, em cerimônia realizada no Centro de Cultura e Turismo, Sesc Ver o Peso, às 19hs do último dia 06 de maio. Antes, porém, os participantes foram presenteados com a qualidade musical da Orquestra Jovem da Fundação Carlos Gomes, que escolheu o carimbó de Dona Onete, “No meio do pitiú” para recepcionar o evento.
O presidente do Fecomércio, Sebastião Oliveira Campos, conclamou o trabalho conjunto das entidades representadas no conselho empresarial para dar novos rumos ao atual panorama turístico do estado. Ele ressaltou que os equipamentos aqui existentes são de qualidade e atendem significativamente aos eventos propostos, entretanto, disse ser conhecedor das dificuldades do segmento turístico nas várias instâncias e comprometeu-se com empenho e união de esforços para trabalhar e contribuir com o desenvolvimento do setor. “Aos poucos os investimentos vão fazer com que o Pará assuma o protagonismo do turismo”, declarou Sebastião Campos. Segundo ele, o turismo cresce por etapas, ajustes, disponibilização de aparelhamentos, infraestrutura, novos empreendimentos e investimentos de pequeno, médio e grande porte.
A missão do Cetur Pará é fomentar o desenvolvimento sustentável da cadeia do turismo e protagonizar atividades, debates e iniciativas a fim de fazer com que o turismo seja reconhecido como atividade econômica fundamental para o estado.
Entre as ações do conselho ainda para o ano de 2019, estão previstas a promoção e realização de eventos; promoção e apoio às ações de divulgação do turismo no estado através de participação em feiras, missões empresariais e relacionamento com a mídia; identificação dos gargalos para promover ações necessárias; capacitação e aperfeiçoamento profissional; apoio a iniciativas que promovam estruturação de destinos turísticos e a interlocução junto com o poder público.
O Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade, que está presente em quase todos os estados brasileiros por meio das federações do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação foi criado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) diante da importância do turismo para economia do país e a fim de promover o debate sobre temas essenciais para o desenvolvimento do setor, gerando sugestões para políticas públicas, organizando estudos e apoiando eventos do setor.
Alexandre Sampaio, representante do Conselho de Turismo da CNC, reafirmou o potencial do Pará e também destacou os desafios peculiares da região que, segundo ele, não são poucos, mas que mesmo com dificuldade é preciso empenho para trabalhar o destino Pará de forma sustentável. Apresentou um discurso ressaltando a busca pela transformação de secretarias e empresas de turismo em agências de fomento. Sampaio considera essa possibilidade como ferramenta essencial ao crescimento.
Joy Colares, coordenador do Cetur afirmou que etapas foram vencidas para garantir a implantação do Conselho Empresarial de Turismo do Pará ao longo dos três últimos anos, entre as quais, a criação da diretoria de Turismo do Fecomércio. Com a implantação do Cetur-Pará, o Brasil passa a contar com 24 entidades empresariais instaladas de fato, sendo 13 através de conselhos e 11 por meio de câmaras empresariais do turismo. “Apenas 03 federações não estão com seus respectivos conselhos instalados”, comentou Campos.
Secretário de Turismo André Dias, destacou que a missão do Cetur é de grande valor. Lembrou que o turismo é uma das principais atividades econômicas no mundo e que vários países movimentam suas economias a partir do segmento, a exemplo da Grécia, Tailândia, Espanha e outros. Dias reforçou que o Brasil é um país que possui todas as possibilidades para ascender o turismo a um patamar de maior relevância a fim de movimentar a economia com mais força, distribuir renda, emprego e fomentar o micro e o pequeno negócio. Para ele, a ferramenta fundamental para vencer desafios e obter êxito em torno do crescimento do segmento turístico é a união dos setores público e privado. Disse que às portas estarão sempre abertas para o diálogo, ao favorecimento às melhorias estruturais e promocionais e que a parceria entre os municípios e a capital será uma constante para fomentar a atividade no Pará.
Vitor Cunha, coordenador da Belémtur, na ocasião representando o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, aproveitou a oportunidade para referendar um caso de sucesso de uma parceria pública e privado no campo da gastronomia, o que elevou a capital do estado a condição de “Cidade Criativa da Gastronomia”, uma entre as 28 referendadas pela Unesco no mundo.
No contexto internacional a atividade turística é de grande representatividade, sendo responsável por 10% do PIB mundial representa um das maiores fontes de renda para muitos países em desenvolvimento.
O turismo é uma atividade que promove o intercâmbio cultural, inclusão social, gera oportunidade de empregos, novos investimentos e receitas impactando em torno de 60 segmentos econômicos. O Brasil está entre os destinos de maior potencial turístico, com destaque para os recursos naturais e culturais. Para que o segmento tenha um bom desempenho é preciso ser positivamente impactado por políticas públicas direcionadas, uma vez que depende de infra estrutura, segurança, saúde e condições macro e micro econômicas para seu bom desempenho. Transformar todo esse potencial em realidade a fim de fazer do Brasil e do Pará destinos competitivos e sustentáveis, ainda é um desafio que demanda cooperação entre os setores privados e públicos do País.
O Pará possui atrativos que movimentam o segmento turístico ambiental, cultural, gastronômico, religioso, lazer entre outras peculiaridades típicas da Amazônia. O estado desponta nacionalmente como um importante centro de produção de eventos e negócios. Possui cultura forte e natureza diversa e esses atrativos de natureza precisam ser mais conhecidos, assim como os odores, cores e sabores.
Entidades que integram o Cetur – Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav), Joacyr Ribeiro Rocha; Abrasel, Rosane Marta Almeida de Oliveira; Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc), Cássia Moreira; Associação Brasileira da Industria de Hotéis (ABIH), Antônio Gomes Santiago Neto; Associação Brasileira de Jornalistas do Turismo (Abrajet Pará), Christina Hayne; Associação Brasileira de Locadoras, Ricardo Brás; Belém Convention & Visitors Bureaou, Orlando Rodrigues; Sindicato das Empresas de Turismo (Sindetur), Tiana Menezes; Sindicato dos Guias de Turismo (Singtur), Ana Célia Oliveira; Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, Fernado Soares; Sindicato das Locadoras (Sindiloc), Ronaldo Luis Martins; Sindlojas Belém, Joy Colares; Sindicato dos Taxistas de Belém, Pará (Stabepa); Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac); Serviço Social do Comércio (Sesc), representado pelo vice presidente Joaquim Tadeu; Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Pará), Rubem Magno Junior e ainda representantes dos seis (06) pólos turísticos – Amazônia Atlântica, Araguaia Tocantins, Belém (Rose Larrat), Marajó ( Reinaldo Sarraf), Tapajós e Xingu.
A Comissão Executiva do Cetur é formada pelo presidente do Fecomércio, Sebastião Campos e sob a coordenação de Joy Colares, também presidente do Sindlojas. O Conselho Consultivo está composto pelos gestores da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), André Dias; Coordenadoria Municipal de Turismo (Belemtur), Vitor Cunha; representantes da Universidade Federal do Pará (UFPa), Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA) ; representantes da Federação das Indústria do Pará – Fiepa (Programa de Cozinha Alimentar); Federação de Agricultura – Faepa, por meio do Senar e o programa de Turismo Rural; Federação da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Associação Comercial do Pará, representada pela diretora Ana Maria Santiago, além das instituições financeiras e de ensino superior da rede privada.
Por: Christina Hayne
DRT 1759 PA